viernes, 29 de enero de 2010

Trajetórias e Carreiras Militares no Contexto do Império Português: Promoções e Conflitos nos Atos Eleitorais para Postos dos Corpos de Ordenanças





Trajetórias e Carreiras Militares no Contexto do Império Português:

Promoções e Conflitos nos Atos Eleitorais para Postos dos Corpos de Ordenanças. Comarca de Vila Rica, 1735-1777
por ANA PAULA PEREIRA COSTA
Doutoranda em História Social pelo PPGHIS/UFRJ. As observações aqui apresentadas foram retiradas de minha Dissertação de Mestrado intitulada “Atuação de poderes locais no Império Lusitano: uma análise do perfil das chefias militares dos Corpos de Ordenanças e de suas estratégias na construção de sua autoridade. Vila Rica, (1735-1777)” defendida no PPGHIS/UFRJ.
.................Assim, se a formação específica de militar em academias militares era aspecto de pouca importância para a ascensão dos oficiais a postos de maior prestígio, tanto no reino quanto no ultramar (MONTEIRO, 2003: 102-104), a experiência militar mediante atuações bélicas era muito valorizada e um poderoso recurso na obtenção de mercês e, portanto, de promoções. Convém lembrar que os serviços de guerra e defesa da terra incluíam-se entre os mais enobrecedores e importantes para concessão de mercês régias e, neste sentido, se constituíam em um importante componente da incrementação da “qualidade” dos coloniais (ALMEIDA, 2003: 153). A trajetória de Caetano Alves Rodrigues é nesse caso bem expressiva. Natural de Lisboa atuou em diversas partes do Império como militar. Assentou praça de soldado no estado da Índia onde assistiu por mais de 5 annos, atuando também como alferes de infantaria, tenente de mar e guerra e capitão. Seus serviços foram essenciais, no entender do governador D. Lourenço de Almeida, em momentos críticos para a Coroa. Dentre estes destaca a invasão da fortaleza de Andorna construída no rio de Goa que por ordens reais devia ser destruída onde:
“[...] Caetano Alves Rodrigues foi um dos primeiros que saltaram em terra avansando com armas e mays gente a dita fortaleza conseguindo queimala e demolila, matando e aprisionando se todos os que não puderam fugir (...) e da mesma sorte conduziu um exercito para tomar e qeimar as aldeas que tinha atras da fortaleza de pilligão que depois de 8 dias de citio se renderam (...) e no socorro que se deo ao rey para tomar as terras da fortaleza de Ponda (sic) foi Caetano Alves Rodrigues nomeado para rondar em balões o rio que circundava tal fortaleza para que se rendessem [...]” (AHU/MG/cx: 86; doc:17).
Além de ter atuado em Goa, prestou serviços também no mar “atacando voluntariamente o navio inglês Angria quando o rei saiu em missão para ir tomar a dita armada Angria (...) e o dito Caetano foi com 20 soldados armados a bordo do sito navio e fez com tanto valor que conseguiu trazer o navio a Goa” (Idem).
Após todos estes 5 anos atuando na Índia, embarcou para a América Portuguesa:
“[...] E sendo chegado a pouco tempo nas Minas quando os franceses invadiram o Rio de Janeiro, foi dos primeiros que se offereceo para acompanhar o governador António de Albuquerque e o fez com despesa de sua fazenda. Combateu também os revoltosos de Vila Rica e a mando do Conde de Assumar acompanhou o dito governador com seus escravos armados até Vila Rica para castigar se os cabeças do levante, e lá ficou hum mês [...]” (Idem).
Por todos estes serviços foi nomeado capitão de Ordenanças e, em 1722, coronel de cavalaria de São Paulo, e, posteriormente, de Vila Rica. Além disso, por sua participação valorosa em tão importantes acontecimentos foi feito cavaleiro professo da Ordem de Cristo em 1731 e condecorado com o foro de escudeiro e cavaleiro fidalgo da casa real em 1749 (Ibidem).

jueves, 14 de enero de 2010

Takeo Yano instructor de Ju-jutsu de Cisnando

Fabio Quio Takao – Brasil CombateColaboração: Aderleth Bezerra / Dinaldson “Dolinha” / Hugo Lira

Foto: raríssima mostrando a 2ª visita de Kimura ao Brasil. Aderbal em pé o primeiro da esquerda para direita. Kimura, sentado, o segundo da esquerda para direita. Takeo Yano, sentado, o quarto da esquerda para direita.

Em 1958, a Federação De Pugilismo do Rio de Janeiro convida Aderbal a se juntar a uma equipe composta de lutadores como Takeo Yano, Valdemar Santana, Passarito, Chouberi e outros. Essa equipe passa por diversas cidades do Brasil como Belo Horizonte, Belém do Pará e Fortaleza fazendo demonstrações. Além dessas cidades, o grupo passa por diversos países como Uruguai, Paraguai, Peru, Argentina desafiando lutadores locais. A equipe chega a permanecer 4 meses em Caracas na Venezuela marcando o auge da carreira de Aderbal.Outro grande momento da carreira de Aderbal foi vencer o instrutor da Polícia Federal do Rio de Janeiro Karol Nowina, que havia lançado um desafio a qualquer lutador de Luta Livre da época. Ainda no auge de sua carreira, Aderbal Bezerra enfrenta um dos maiores judokas de todos os tempos: Massahiko Kimura. Kimura já estivera no Brasil e havia vencido ninguém menos que Hélio Gracie. Em sua segunda visita buscava alguém para poder demonstrar sua técnica e Aderbal foi escolhido por seu porte físico e conhecimento em lutas.Infelizmente sobre essa segunda passagem de Kimura pelo Brasil existem poucos relatos.

lunes, 11 de enero de 2010

1930-40 Cisnando aprende Jiu Jitsu con Takeo Yano,


fuente: Analisando o livro de registros de associados do Centro Esportivo de Capoeira Angola: http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/358/5/Amelia_Conrado6.pdf

Para uma cartografia simbólica do Rio de Janeiro na Belle


foto: Zeca Floriano Peixoto 1905 ,practicante de Jiu-Jitsu.
Para uma cartografia simbólica do Rio de Janeiro na Belle
Époque: sociedade, imprensa e carnaval


...........Contudo, as grandes sociedades mantiveram-se fiéis à tradição e ao imaginário cultural do
carnaval europeu, muito embora não se esquivassem à ambigüidade constatada, por exemplo, na presença de figuras típicas do carnaval popular em seus préstitos, como os diabinhos (em geral, capoeiras que ocultavam navalhas sob a cauda da fantasia e se encarregavam da proteção aos carros da sociedade17)
17 Demonstrando o preconceito com relação a figuras típicas do carnaval popular, o memorialista Luiz Edmundo oferece-nos uma boa descrição da participação dos capoeiras na festa: “Em 1901-2-3, já não existiam capoeiras à frente de bandas militares; a coragem do chefe polícia republicano nos livrou dessa indesejável malta (...). Cá ficaram, no entanto, os amadores que, se não freqüentavam as escolas ao ar livre, onde se ia cultivar o tenebroso jiu-jitsu americano, ainda se adestravam na arte de bem-aplicar no próximo uma boa rasteira, uma cocada ou um rabo-de arraia... Pelos dias de loucura carnavalesca, a alegria e a cachaça acendem os ânimos desses tradicionalistas. E o homem colonial é o que encontramos na rua vestido de diabo, tendo uma navalha dissimulada na extremidade de uma cauda enorme ou então guardando, sob as dobras macias de um misterioso dominó, um furador de café ou um facão de cozinha” (1957, v. 4: 823).

miércoles, 6 de enero de 2010

HISTÓRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Os pioneiros – Alguns nomes – Número – Partida do Tejo – Sobre o grupo de pessoas que embarcaram com Fernandes Coutinho para “conquistar e povoar”31 a capitania, são escassas as notícias. Os mais abalizados autores registram mais ou menos sessenta, aí incluídos “dois fidalgos de elevada nobreza”:32 D. Jorge de Menezes,33 “o das proezas nas Molucas e do descobrimento da Nova Guiné”,34 e D. Simão de Castelo-Branco.35 – Ambos, “por mandado de S. A.,iam cumprir suas penitências a estas partes”.36 Degredados é que eles eram.

– Referindo-se a esse companheiro de Continho, escreveu CARLOS MALHEIRO DIAS: “turbulento D. Jorge de Menezes, celebrado pela sua intrepidez no ataque ao Samorim
de Calecute, e que o vice-rei D. Nuno da Cunha castigara pelos desvarios cometidos nas
Molucas,
mandando-o algemado para Lisboa, de onde D. João III o deportou para o Brasil
(Regimen Feudal, 243).
34 - “Segundo os linhagistas,* D. Jorge de Menezes era filho bastardo de D. Rodrigo de Menezes, filho segundo de D. João de Menezes e de D. Leonor da Silva. D. Rodrigo foi comendador de Grândola, guarda-mor do príncipe D. Afonso, filho de el-rei D. João II e mordomo-mor da rainha D. Leonor. Casou três vezes e teve bastardos. Um destes bastardos é o referido D. Jorge, capitão de Moluco, que foi degredado para o Brasil por matar a Gaspar Pereira, capitão da mesma fortaleza, onde morreu sem casar. Teve bastarda D. Inês, freira da Anunciada de Lisboa. Os historiadores referem-se com horror a D. Jorge de Menezes, como se houvesse sido um monstro de perversidade, mas o fato é que o seu único crime foi o apontado, não havendo base para outras acusações; e esse crime resgatou-o morrendo na guerra com os índios revoltados” (P. DE AZEVEDO, Primeiros Donatários, 201).

http://www.ape.es.gov.br/pdf/Livro_Historia_ES.pdf

martes, 5 de enero de 2010

Batuque, Samba e Macumba - Estudos de Gesto e de Ritmo (1926-1934)

Batuque, Samba e Macumba - Estudos de Gesto e de Ritmo (1926-1934)
Autor: Cecília Meireles
Editora: Martins FontesQuanto: (112 págs.)

Cecília em Portugal: ensaio biográfico sobre a presença de Cecília Meireles ...‎ - Página 61Leila Vilas Boas Gouvêa - 2001 - 123 páginas
Do batuque derivou-se a roda de 'capoeiragem' que vem a ser uma espécie de 'jiu-jitsu', de efeitos muito mais extraordinários, na opinião dos entendidos.(. ...