lunes, 22 de noviembre de 2010

O Exército na Capitania da Bahia entre 1750-1762

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO1.4 O Período Moderno na Europa (pag.77-78-79)

O Exército na Capitania da Bahia entre 1750-1762
Dissertação de Mestrado de História Moderna apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto 2002



Sabe-se que já antes do que considerámos balizar como Fase Moderna Europeia, em 1635 Luís XIII cria em França seis Regimentos de Cavalaria e os primeiros Regimentos de Dragões, compostos por noventa e uma Companhias de Cavalaria Ligeira e por quinze de Carabineiros ou Dragões. Os Regimentos de Infantaria datavam de 1558 e em Inglaterra também já existiam no mesmo séc. XVI.174
Com Turrenne assiste-se a importantes alterações. Este marechal francês exerceria igualmente em Portugal uma marcante influência, particularmente ao nível da táctica militar. Baseando as suas concepções táctico-militares na escola sueca de Gustavo Adolfo, afirmava «fazer poucos cercos, e dar muitos combates »175
Além de um ideólogo militar, Turrenne era um homem de acção e é nessa condição que veio para Portugal. Porém, a sua presença no nosso País prendia-se fundamentalmente com os interesses da França176, porque enquanto Portugal estivesse envolvido em conflito com Espanha, esta última não se voltaria contra aquela.
Além de Turrenne, igualmente Vauban foi igualmente importante, inventando em 1703 o alvado na baioneta, criando assim na arma do soldado de Infantaria duas funções distintas; o tiro para combate à distância e a baioneta de alvado, que garante que não é necessário deixar de fazer fogo para a utilizar para arremeter, mais para as lutas corpo-a-corpo.177. Foi Martinet quem inventou a baioneta de alvado178, contribuindo também para o desenvolvimento dos morteiros, para adaptar as fortificações ao terreno e a maleabilidade da acção.179. ……………………………….Os aperfeiçoamentos levados a cabo na Prússia devem-se ao ensino do manejo das armas, marcha e alinhamentos: de coluna passa-se rapidamente à ordem de batalha (de acordo com Luigi Blanch) por meio de marchas de flancos, operando em diagonal, conseguindo assim vantagem a linha mais curta.187
O segredo da táctica reside em ocupar pouco espaço e ganhar muito terreno e tempo; assim, a linha oblíqua é uma forma de atingir esse fim188. Já durante o séc. IV AC essas opções haviam sido testadas na China: os orientais procuram vencer o inimigo ainda antes de o defrontar, desmoralizando-o; afirmam que a guerra se baseia no logro189, que se deve usar subterfúgios para enganar o inimigo e utilizar a rapidez de movimentos, o uso do terreno e a meteorologia em seu benefício190.

174 Sepúlveda, Christovam Aires de Magalhães - História da Cavalaria Portugueza. p. 86
175 Martins, General Ferreira - História do Exército Português. Lisboa: Editorial Império, 1945. p. 172
176 Sepúlveda, Christovam Aires de Magalhães-O Conde Schomberg. Lisboa: Imprensa Nacional, 1892. p. 15
177 Sepúlveda, Christovam Aires de Magalhães - A Teoria da Historia da Civilização Militar. 4a Edição, Coimbra; Imprensa da Universidade. 1916. p. 163
178 Sepúlveda, Christovam Aires de Magalhães. Idem, Ibidem, p. 164
179 Martins, General Ferreira: Idem, Ibidem, p. 171
187 Sepúlveda, Christovam Aires de Magalhães. Idem, Ibidem, p. 170
188 Sepúlveda, Christovam Aires de Magalhães. Idem, Ibidem, p. 170
189 Tzu, Sun-A Arte da Guerra. 3a Edição. Lisboa: Publicações Europa América, 2001. p. 85
190 Tzu, Sun. Idem, Ibidem, p. 41

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